Era uma vez uma velha
Lembrei me hoje de um conto muito antigo e que já a minha avó contava
Era uma vez uma vez uma velha, muito velha! Essa velha tinha uma filha casada com um lavrador (quinteiro) muito rico mas vivia muito longe. Um dia a filha teve um menino e mandou-a chamar para ir ao Baptizado. A velha ficou triste. Estava muito velha, a viagem era muito longa, e tinha de atravessar o mato... Mas queria ver o netinho e então resolveu ir ao Baptizado. Arranjou as coisas e lá foi ela.
Quando ia a meio do caminho encontrou um grande lobo que a queria comer. A Velha tentou fugir-lhe da melhor maneira que conseguia, e quando ele se preparava para a comer a Velha disse-lhe assim:
- Ai, Senhor Lobo! Não me coma! Por favor!
- Vou-te comer! - Respondeu o Lobo com voz cavernosa!
- Por favor! não me coma agora. Estou a caminho do Baptizado do meu netinho... se não me comer agora quando regressar, venho de barriga cheia e mais gordinha...
O Lobo achou que era uma boa proposta! Deixou a Velha continuar a sua viagem e ficou à sua espera no caminho, para depois a comer, já com mais carninha!
A Velha lá foi ao Baptizado. Viu o netinho e ficou feliz por isso, mas mesmo assim estava muito triste. Quando chegou a hora de voltar para casa, despediu-se da filha entre lágrimas:
- Adeus, minha filha! Que sejas sempre feliz! Pois eu vou-me embora e nunca mais me tornarás a ver....
Sem perceber o que se passava a filha perguntou:
- Então, mãe? Porquê?
E a Velha contou-lhe a sua triste sorte e o que tinha acontecido pelo caminho...
Mas a Filha teve uma ideia. Ao pé delas estava uma carroça cheia de grandes cabaças. A filha pegou numa, entregou-a à mãe e disse-lhe:
- Quando chegar à parte do caminho onde vive o Lobo, a mãe mete-se dentro da cabaça, e fá-la rolar pelo chão...
E a Velha assim fez... Quando o Lobo viu uma cabaça a rolar obrigou-a a parar e perguntou com a sua voz furiosa:
- Ouve lá, ó Cabaça! Tu não viste por aí nenhuma Velha?
E a Velha de dentro da cabaça, com voz de trovão respondia enquanto rolava o mais depressa que conseguia:
- Não vi Velha nem Velhinha,
Não vi Velha nem Velhão!
Roda, roda Cabacinha,
Roda, roda Cabação!
E assim a velha chegou sã e salva ao seu destino!
Era uma vez uma vez uma velha, muito velha! Essa velha tinha uma filha casada com um lavrador (quinteiro) muito rico mas vivia muito longe. Um dia a filha teve um menino e mandou-a chamar para ir ao Baptizado. A velha ficou triste. Estava muito velha, a viagem era muito longa, e tinha de atravessar o mato... Mas queria ver o netinho e então resolveu ir ao Baptizado. Arranjou as coisas e lá foi ela.
Quando ia a meio do caminho encontrou um grande lobo que a queria comer. A Velha tentou fugir-lhe da melhor maneira que conseguia, e quando ele se preparava para a comer a Velha disse-lhe assim:
- Ai, Senhor Lobo! Não me coma! Por favor!
- Vou-te comer! - Respondeu o Lobo com voz cavernosa!
- Por favor! não me coma agora. Estou a caminho do Baptizado do meu netinho... se não me comer agora quando regressar, venho de barriga cheia e mais gordinha...
O Lobo achou que era uma boa proposta! Deixou a Velha continuar a sua viagem e ficou à sua espera no caminho, para depois a comer, já com mais carninha!
A Velha lá foi ao Baptizado. Viu o netinho e ficou feliz por isso, mas mesmo assim estava muito triste. Quando chegou a hora de voltar para casa, despediu-se da filha entre lágrimas:
- Adeus, minha filha! Que sejas sempre feliz! Pois eu vou-me embora e nunca mais me tornarás a ver....
Sem perceber o que se passava a filha perguntou:
- Então, mãe? Porquê?
E a Velha contou-lhe a sua triste sorte e o que tinha acontecido pelo caminho...
Mas a Filha teve uma ideia. Ao pé delas estava uma carroça cheia de grandes cabaças. A filha pegou numa, entregou-a à mãe e disse-lhe:
- Quando chegar à parte do caminho onde vive o Lobo, a mãe mete-se dentro da cabaça, e fá-la rolar pelo chão...
E a Velha assim fez... Quando o Lobo viu uma cabaça a rolar obrigou-a a parar e perguntou com a sua voz furiosa:
- Ouve lá, ó Cabaça! Tu não viste por aí nenhuma Velha?
E a Velha de dentro da cabaça, com voz de trovão respondia enquanto rolava o mais depressa que conseguia:
- Não vi Velha nem Velhinha,
Não vi Velha nem Velhão!
Roda, roda Cabacinha,
Roda, roda Cabação!
E assim a velha chegou sã e salva ao seu destino!
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