Recriação medieval da festa de Santa Cruz

MONSANTO


Monsanto é  a  Aldeia mais Portuguesa de Portugal titulo que ganhou em 1938, exibindo o Galo de Prata, troféu da autoria de Abel Pereira da Silva, cuja réplica permanece até hoje no cimo da Torre do Relógio

 Um pouco por toda a parte foram depois colocadas réplicas do Galo de Prata, quer em igrejas, torres ou outros monumentos de todo o país.

É nesta linda aldeia  na encosta de uma grande derrapagem escarpada, designada de o Pelourinho de Monsanto que realiza mais uma vez a Festa da Divina Santa Cruz
É já este fim de semana – 7 e 8 de maio .Um fim de semana que se prevê inesquecível por terras de Idanha-a- Nova, com inúmeras recriações históricas e animações.
A animação medieval é enriquecida pela oportunidade de vivenciar os festejos tradicionais da população de Monsanto, em homenagem à heróica resistência dos monsantinos no cerco ao seu imponente Castelo.

A Aldeia enche-se de teatros, cortejos, torneios, assalto ao castelo,medos, bruxas, saltimbancos, folias, passeios de burro, jogos, “cousas” de comer e beber, mercado medieval e uma convidativa Ceia Templária, na noite de sábado.
No topo granítico do monte de Monsanto, à margem direita do rio Pônsul este castelo raiano medieval domina a Aldeia Histórica, conjunto arquitectónico no qual se destacam algumas casas senhoriais brasonadas e templos, como as ruínas da Capela de São Miguel em estilo românico.
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O castelo está ligado à tradição da principal celebração de Monsanto: a Festa da Santa Cruz.
Existe a lenda que reza o seguinte:
Originalmente uma tradição profana ligada ao ciclo da Primavera, foi cristianizada e associada ao lendário cerco do castelo, segundo algumas versões pelas tropas do pretor Lúcio Emílio Paulo em fins do século II a.C., segundo outras a um ataque dos mouros por volta de 1230, ou até posteriormente durante as lutas com Castela.

Em qualquer hipótese, os inimigos sitiantes procuraram vencer pela fome os defensores do castelo. A tradição refere que o cerco se prolongava já por sete longos anos, quando intramuros restavam apenas uma vitela magra e um alqueire de trigo. Uma das mulheres sugeriu então um estratagema desesperado para iludir o inimigo: alimentaram a vitela com o último trigo, lançando-a com alarde por sobre os muros do castelo, na direção dos sitiantes. Despedaçando-se contra as rochas, do ventre da vitela espalhou-se o trigo, abundantemente. Com essa manobra, o inimigo entendeu que os defensores ainda se encontravam milagrosamente providos de alimento, protegidos pela providência divina, levantando o cerco e se retirando da região.

O episódio é atribuído a um dia 3 de Maio (dia da Santa Cruz), razão pela qual nesta data, anualmente, as mulheres do povoado se vestem com as suas melhores roupas e, ao som de adufes e canções populares, agitando marafonas (bonecas coloridas com armação em cruz), algumas com potes caiados de branco, decorados e cheios de flores à cabeça, partem da povoação em direção ao castelo. No interior do castelo, do alto das muralhas, os potes brancos, simbolizando a vitela, são lançados em direção ao exterior, revivendo simbolicamente o episódio da salvação da vila.


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