Lavacolhos
Quem se deslocar do Fundão para chegar á minha terra Bogas de Baixo, vai ter obrigatóriamente o prazer de entrar e sair de Lavacolhos
Esta aldeia no concelho do Fundão destaca-se pelos seus conhecidos bombos que concorrem sempre para a solenização de todos os momentos importantes da sua vida colectiva.
Calculando-se que existem desde há mais de trezentos anos, os Bombos de Lavacolhos actuavam obrigatoriamente por ocasião da Festa do Senhor da Saúde que ocorre no terceiro domingo do mês de Agosto e ainda na véspera de Santa Luzia, festividade que tem lugar a 15 de Setembro, mas sempre à margem das celebrações litúrgicas.
Usufruem agora de uma sede própria que a Autarquia lhes proporcionou. Num investimento de 250 mil euros, a antiga escola primária da aldeia de Lavacolhos, Fundão, foi transformada na Casa do Bombo, a última da rede de casas que tiram partido do que é a cultura tradicional das Aldeias do Xisto.
Uma vez que por aqui passei e entrei num café na altura propriedade do meu amigo Vergilio que ao regressar de França e sendo originário da aldeia aqui se estabeleceu. Jà há varios anos que não passo por aqui pelo que talvez já se tenha aposentado e o Estabelicimento tenha passado para outros donos que agora o exploram.
Mas como ia dizendo foi aqui que um dia ouvi uma história sobre o Monte da Argemela que se situa ao lado da aldeia
monte ocupado pelos Romanos, lá vivia uma linda moça lusitana que tinha o seu casamento ajustado com um dos mais destacados lugar-tenentes de Viriato. Na véspera do casamento os Romanos conseguiram raptá-la, procurando forçá-la a revelar notícias respeitantes ao noivo e à guerra que se travava entre eles e os Lusitanos. A heróica moça resistiu a todos os maus-tratos ao ponto de morrer queimada sem que revelasse, fosse o que fosse, contra os seus. Pelos séculos dos séculos, desde então, ficaram a ouvir-se gemidos que pairavam próximo sobre o monte o que leva o povo a dizer: — No ar geme ela! Daí o nome por que ainda hoje o monte é conhecido – Argemela. «contada por Pinho Leal no “Portugal Antigo e Moderno”»
Este Monte é também rico em minério tendo existido aqui algumas minas. Segundo José Inácio Cardoso, 1861, - ali costumavam ir cortar e lavrar os canteiros pedras para os portais dos edifícios, porque não as encontravam n’outro sítio vizinho. Um pedreiro da Barroca do Zêzere, vendeu uma argola de oiro por 60.000 réis.
Cheguei á casa dos amigos Gravito que outrora foram meus clientes e virei á esquerda pela rua da Travessa
calcorreando aquela calçada antiga tive ainda um dedo de conversa com um velho amigo morador nesta rua e cheguei ao largo da Igreja, um bonito templo de fundação remota, talvez quinhentista, mas que por necessidade de recomposição ou alargamento veio a sofrer alterações profundas.
É provável que tenham sido encetadas diligências para o seu restauro no 1.º quartel, pois que no ano de 1817 dirigiram os juizes e moradores da terra uma petição à Coroa no sentido de se «fazer cativa a taberna de vinho, aguardente, vinagre e azeite», isto «para poderem fazer alguma obra pública», já que não tinha o concelho do lugar rendimentos com que arcar com as despesas
assim sendo despedimo nos com o ex libris de Lavacolhos, o seu Grupo de Bombos
Comentários
O jorge ficou a mais, é Bogas de cima e de Baixo
Os meus cumprimentos,
Manuel Tomaz
aldeia da Picha fica na freguesia de Pedrógão Grande, concelho de Pedrógão Grande e tem apenas 24 habitantes distribuídos por 18 fogos. Picha é um lugar bonito, de características rurais onde a maioria da população vive do trabalho no campo.
tambem existe e fica np concelho de Viana do Alentejo
Fiquei satisfeito por conhecer o lugar da Picha. Já agora mais um detalhe: Na estrada existe uma placa com referencia à aldeia da Picha com a seguinte informação: Picha 800 metros... quer dizer, a distancia para lá chegar...
Cumprimentos,
Manuel Tomaz