Filarmonica Boguense
É sempre bom recordar
E esta recordação traz me sempre muitas saudades
A Banda Filarmónica de Bogas de Baixo teve os seus tempos de ouro quando as pessoas se fixavam na aldeia
Perdeu muito com a debandada das gentes para terras estrangeiras procurando novas oportunidades
e a partir da da década de 60 ficaram apenas as recordações
Esta uma homenagem ao Padre José Maria Lopes Nogueira englobando nela tambem os maestros que se seguiram Como O Sr Anibal Martins Gama, e o Sr João Dias das Neves (que á muito pouco tempo faleceu) não esquecendo a colaboração esporádica na regencia da nossa Banda, os Srs Alfredo Gama e Carlos Gama
Deixo aqui alguns breves apontamentos sobre a nossa extinta Banda de Bogas de Baixo
Lá atrás e da esquerda para a direita:
Ti zé maria, julio Fernandes,,joaquim d. gama, aníbal gama, joaquim gomes, manuel belchior,manuel fernandes, manuel francisco, júlio d gama, abel roque, antónio marques(sapateiro), joão d'ascensão, josé martins, ( ? )
na fila do meio da direita para a esq.: artur simão, manuel alves, luís simão, júlio fernandes, joaquim francisco, manuel simão, sebastião marques, manuel antónio, manuel gomes.
À frente: sebastião simão.
Ps: penso serem estes os nomes d0os elementos que figuram na foto
Nesta outra foto bem mais nova que a primeira e já próximo da sua extinção muitos elementos alguns ainda entre nós e com quem eu ainda fiz parte da banda
à esquerda o maestro João Dias das Neves
á frente Joaquim Tomás. António Santos Sebastião Tomás
a seguir António Alves, Américo Santos e ti Zé Maria da caixa
depois Joaquim Pantaleão, Manuel Silvestre, António Tomás e Luis Santos (os outros não me lembro do nome) mas fizeram ainda parte dela daqueles que em lembro O Daniel, o Aurélio Simão, o Ti Sebastião Marques, o ti Manuel Tomás,
O joão Abilio etc etc
Filarmónica Boguense começou a ser fundada por volta de 1915,tendo como seu fundador o Padre José Maria Lopes Nogueira que então paroquiava as Freguesias de Bogas de Baixo e Janeiro de Cima.
Muito conhecedor e entusiasta da arte musical, o Padre Zé Maria, a partir de um grupo de bombos, característico da nossa beira e que davam voltas à aldeia (Parece que se juntavam no cabeço do moinho de vento) desafiou-os e com outros homens e rapazes da aldeia começou a incutir-lhes os conhecimentos básicos para a formação da Filarmónica. Os ensaios eram no sótão da casa do Sr. João Martins.
Foram adquiridos com muitas dificuldades económicas, os instrumentos necessários para que esta pudesse vir a actuar, o que, passados cerca de dois anos, aconteceu, começando, com bastante brilho, a actuar em festas e romarias levando o nome da nossa terra, bem longe.
Para os ensinar a marchar convenientemente, levava-os até ao local conhecido por “relveiro” e era aí que os ensinava, comentando ao mesmo tempo: “isto é que é uma música, isto é que é uma música!!!)
A dedicação do Padre Zé Maria à Filarmónica, era de tal modo fervorosa, que ele, para além de a reger, fazia questão que esta actuasse nos mais variados actos Litúrgicos na nossa aldeia, independentemente de haver Festa ou não.
Assim, no mês de Maio, celebrava o chamado Mês de Maria, com a participação da Filarmónica que se encontrava no coro da Igreja. O seu entusiasmo era tão grande que, nos intervalos da reza, se deslocava do altar ao coro da Igreja, onde em conjunto, tocava brilhantemente, violino.
Naquele tempo todo o povo vibrava e enchia a Igreja de rosas, o que dava a esta, um perfume e uma beleza inesquecíveis.
O Padre Zé Maria, acompanhou a Filarmónica até cerca de 1924,data em que deixou de paroquiar a Freguesia, passando esta a ser regida por um filho da terra, Aníbal Gama, até ao ano de 1956, data em que outro filho da terra, João Dias das Neves, passou a ocupar a sua regência.
Por volta do ano de 1962, devido à emigração de quase todos os componentes da Filarmónica, esta começou a declinar, até à sua completa extinção para grande desgosto, não só da população de Bogas de Baixo, como de todos os povos por onde ela actuou e deixou muitas e boas recordações.
Comentários
Cumprimentos
António Rui Barata
um vive lá o outro vive prós lados de Lisboa.
Deve estar a referir se ao Luis Barata genro do ti Sebastião Dias será?