Nas décadas 50/60 a vida era assim
Há muitos anos quando era ainda jovem, em Bogas os poucos carros que havia (um ou dois)
E aqui pelas terras nossas vizinhas tambem era assim
Não tinham cintos de segurança não tinham encostos de cabeça nem airbags
A cama não tinha grades e os brinquedos eram normalmente feitos com pedaços de qualquer material que ás vezes tinham chumbo , amianto ou outro veneno qualquer
Lá em casa não havia armarios fechados á chave onde estavan os medicamentos detergentes ou quimicos nessa altura usava se muito a criolina mas não mechiamos
Jà havia bicicletas e a gente andava para cá e para lá sem caneleiras nem capacetes
Bebiamos agua do cantaro de barro, de qualquer mangueira ou qualquer fonte
não havia aguas engarrafadas as chamadas estreilizadas
Com uns roletes e um pedaço de tábua construiamos aqueles carrinhos tipo kart e deciamos pelas barreiras a ver quem andava com mais velocidade
Quando chegávamos ao fim não tinhamos solas nos sapatos pois faziam de travão
Normalmente tinhamos escola na parte da manhã, iamos a casa ás vezes almoçavamos um simples pedaço de broa e iamos brincar para a rua livremente com uma unica condição (voltar para casa antes de ser noite)
Não havia telemoveis e para nos contactarem as nossas mães tinham que andar por ali aos gritos O Luissss...... Oh Zéeee .......
às vezes apanhávamso piolhos que tratavamos com DDT
Quando havia zaragata ou a gente caía e se aleijava não havia queixumes e curavamo nos quase sempre sem ver um médico
Comiamos rebuçados e outras guloseimas, como a broa com açucar ou azeite e ninguem falava de obesidade, eramos super activos
Compravamos pirolitos ali na taverna do ti Zé António e todos bebiamos um pouco da mesma garafa e nunca ninguém morreu por isso
Não havia computadores , internet, telemóveis, não havia videos nem cassetes DVD Havia sim amigos só amigos
A pé ou de bicicleta iamos visitar os amigos mesmo aqueles que moravam mais longe, entravamos sem bater á porta e iamos brincar
Jogávamos á bola na rua com duas pedras a fazer de baliza com bolas de trapo sempre que um ou outro não tinha lugar na equipa não ficava zangado nem era o fim do mundo
Na escola eramos muitos, uns passavam de classe outros reprovavam e nem por isso tinham que ir ao psicólogo
Quem não passava repetia no ano seguinte simplesmente
As nossas festas e bailaricos eram animadas com um velho gira discos com discos de vinil
Tinhamos deveres , fracassos e conquistas, mas tinhamos liberdade para aprender a lidar com eles
E agora perguntam os mais novos; Como é que conseguiram sobreviver
considerando a nossa vida de então uma chatice
Mas eramos felizes
Ainda alguem se lembra desse tempo?
E aqui pelas terras nossas vizinhas tambem era assim
Não tinham cintos de segurança não tinham encostos de cabeça nem airbags
A cama não tinha grades e os brinquedos eram normalmente feitos com pedaços de qualquer material que ás vezes tinham chumbo , amianto ou outro veneno qualquer
Lá em casa não havia armarios fechados á chave onde estavan os medicamentos detergentes ou quimicos nessa altura usava se muito a criolina mas não mechiamos
Jà havia bicicletas e a gente andava para cá e para lá sem caneleiras nem capacetes
Bebiamos agua do cantaro de barro, de qualquer mangueira ou qualquer fonte
não havia aguas engarrafadas as chamadas estreilizadas
Com uns roletes e um pedaço de tábua construiamos aqueles carrinhos tipo kart e deciamos pelas barreiras a ver quem andava com mais velocidade
Quando chegávamos ao fim não tinhamos solas nos sapatos pois faziam de travão
Normalmente tinhamos escola na parte da manhã, iamos a casa ás vezes almoçavamos um simples pedaço de broa e iamos brincar para a rua livremente com uma unica condição (voltar para casa antes de ser noite)
Não havia telemoveis e para nos contactarem as nossas mães tinham que andar por ali aos gritos O Luissss...... Oh Zéeee .......
às vezes apanhávamso piolhos que tratavamos com DDT
Quando havia zaragata ou a gente caía e se aleijava não havia queixumes e curavamo nos quase sempre sem ver um médico
Comiamos rebuçados e outras guloseimas, como a broa com açucar ou azeite e ninguem falava de obesidade, eramos super activos
Compravamos pirolitos ali na taverna do ti Zé António e todos bebiamos um pouco da mesma garafa e nunca ninguém morreu por isso
Não havia computadores , internet, telemóveis, não havia videos nem cassetes DVD Havia sim amigos só amigos
A pé ou de bicicleta iamos visitar os amigos mesmo aqueles que moravam mais longe, entravamos sem bater á porta e iamos brincar
Jogávamos á bola na rua com duas pedras a fazer de baliza com bolas de trapo sempre que um ou outro não tinha lugar na equipa não ficava zangado nem era o fim do mundo
Na escola eramos muitos, uns passavam de classe outros reprovavam e nem por isso tinham que ir ao psicólogo
Quem não passava repetia no ano seguinte simplesmente
As nossas festas e bailaricos eram animadas com um velho gira discos com discos de vinil
Tinhamos deveres , fracassos e conquistas, mas tinhamos liberdade para aprender a lidar com eles
E agora perguntam os mais novos; Como é que conseguiram sobreviver
considerando a nossa vida de então uma chatice
Mas eramos felizes
Ainda alguem se lembra desse tempo?
Comentários
Mário Martins
Tenho uma prazer enorme quando nos pomos a recordar essa altura!
já havia as doenças tais como o sarampo a varicela ou a papeira, de vez enquanto uma constipação mas tudo era curado com as nossas receitas caseiras
Felizmente que não sabiamos o que era HIV não se falava de colestrol alto,diabetes etc etc.
talvez porque passavamos a vida no campo, guardavamos as cabras ,tiravamos o leite, que bebiamos, faziamos os queijos que comiamos, limpavamos a casa,
ou seja, trabalhavamos mesmo...
E, hoje, infelimente, podemos dizer que estamos numa geração sedentária, passamos grande parte do tempo sentados confortavelmente nas nossas cadeiras,
e, para quem trabalha fora,
quando chega a casa, ou vai para o computador, ou televisao
o nosso tempo foi fabuloso apesar de tudo
Hoje não nos falta nada temos tudo e até para alguns até é demais mas faltanos a solidariedade entre nós.Os animais da mesma raça são mais amigos.
Hoje ouvimos os telejornais o que ouvimos gente que morre sozinha e já são 3 ó que nós chegamos meus amigos até a vesinhança se esqueçe de nós.
Voz do Goulinho
-O meu pai dizia sempre,nesse tempo,a vida era pobre mas as pessoas eram felizes.