Memórias
Esta madrugada muda a hora, o que quer dizer que entramos na hora de inverno.
Os dias começam a ficar mais curtos especialmente porque se faz noite mais cedo
Baseado nas conversas do tio Ambrósio com o Carlos, lembrei me dos serões na minha aldeia nos tempos da minha juventude
Aproxima se o inverno
O Inverno, sempre rigoroso, com chuvas abundantes e de temperaturas muito baixas, era o tempo dos serões passados à lareira, ao calor aconchegante da fogueira que crepitava na pedra do chão.
As noites eram compridas, os aparelhos de televisão e radio eram ainda muito raros,que nem todas sa familias tinham.
O tempo era de convivio entre familiares e amigos muitos deles inesquecíveis.
E depois, para executar os trabalhos agrícolas no inverno, não exigiam a nescessidade de madrugar, de maneira que toda a família, terminada a ceia, fazia as rezas em louvor das mais diversas intenções, designadamente pelos que navegam no mar, pelo fim da fome, da peste e da guerra, pelas almas do purgatório para que transitem para o Céu, por todos os familiares,que já não estão entre nós, pelas intenções dos vizinhos,muitas vezes rezavam se as Contas, que para os que não sabem tratava se de rezar o terço
Juntavam se então alguns vizinhos e jogavam se as cartas, bebia se um copito que alguem ia buscar a adega trazendo um jarro de vinho acabado de sair do pipo.
comia se uma ou duas castanhas que estavam a assar no pucaro de barro por cima das brazas da larada
Ou ainda um bocado de presunto ou chouriça que continuavam penduradas nas canas dispostas no tecto mesmo por cima do local onde o lume ardia. Era assim que se secava o fumeiro
Na altura a igreja destribuia gratuitamente o jornal O AMIGO DO POVO
Toda a gente apreciava, de modo particular, uma das secções deste jornal que no Inverno se denominava “Ao calor da fogueira” e no verão mudava o título para “À sombra do castanheiro” onde os diálogos se sucediam, bem construídos e numa linguagem simples e directa, entre o Tio Ambrósio, ancião de vasta sabedoria, e o jovem Carlos, ávido de conhecer as coisas da vida, sempre com elevado sentido construtivo e pedagógico, encantando leitores e ouvintes.
Eram animados estes velhos serões na aldeia que, num clima de amizade fraterna, tornavam menos difíceis de passar as longas noites de Inverno.
Os dias começam a ficar mais curtos especialmente porque se faz noite mais cedo
Baseado nas conversas do tio Ambrósio com o Carlos, lembrei me dos serões na minha aldeia nos tempos da minha juventude
Aproxima se o inverno
O Inverno, sempre rigoroso, com chuvas abundantes e de temperaturas muito baixas, era o tempo dos serões passados à lareira, ao calor aconchegante da fogueira que crepitava na pedra do chão.
As noites eram compridas, os aparelhos de televisão e radio eram ainda muito raros,que nem todas sa familias tinham.
O tempo era de convivio entre familiares e amigos muitos deles inesquecíveis.
E depois, para executar os trabalhos agrícolas no inverno, não exigiam a nescessidade de madrugar, de maneira que toda a família, terminada a ceia, fazia as rezas em louvor das mais diversas intenções, designadamente pelos que navegam no mar, pelo fim da fome, da peste e da guerra, pelas almas do purgatório para que transitem para o Céu, por todos os familiares,que já não estão entre nós, pelas intenções dos vizinhos,muitas vezes rezavam se as Contas, que para os que não sabem tratava se de rezar o terço
Juntavam se então alguns vizinhos e jogavam se as cartas, bebia se um copito que alguem ia buscar a adega trazendo um jarro de vinho acabado de sair do pipo.
comia se uma ou duas castanhas que estavam a assar no pucaro de barro por cima das brazas da larada
Ou ainda um bocado de presunto ou chouriça que continuavam penduradas nas canas dispostas no tecto mesmo por cima do local onde o lume ardia. Era assim que se secava o fumeiro
Na altura a igreja destribuia gratuitamente o jornal O AMIGO DO POVO
Toda a gente apreciava, de modo particular, uma das secções deste jornal que no Inverno se denominava “Ao calor da fogueira” e no verão mudava o título para “À sombra do castanheiro” onde os diálogos se sucediam, bem construídos e numa linguagem simples e directa, entre o Tio Ambrósio, ancião de vasta sabedoria, e o jovem Carlos, ávido de conhecer as coisas da vida, sempre com elevado sentido construtivo e pedagógico, encantando leitores e ouvintes.
Eram animados estes velhos serões na aldeia que, num clima de amizade fraterna, tornavam menos difíceis de passar as longas noites de Inverno.
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