Agricultores em protesto criticam especulação e Governo
Dezenas de tractores percorreram as principais ruas do Fundão
Os agricultores vendem os seus produtos cada vez mais baratos, mas mesmo assim chegam mais caros aos consumidores. Um alerta contra a especulação foi ontem lançado pelos homens da lavoura
Dirigentes de associações de agricultores em protesto, no Fundão, culparam ontem a especulação financeira pela subida de preços dos alimentos, uma vez que eles os vendem cada vez mais baratos. “É preciso que as pessoas tenham consciência disto: os preços à produção estão a baixar, ou seja, os agricultores vendem os seus produtos cada vez mais baratos”, destacou João Diniz, dirigente da Confederação Nacional dos Agricultores (CNA). “Mas na hora das pessoas os comprarem estão sempre mais caros”. “Há aqui uma forte especulação financeira em que parece que ninguém tem coragem de mexer”, realçou, pedindo a intervenção do Governo.
Aquele responsável falava durante um protesto de agricultores no Fundão, que levou esta manhã dezenas de tractores a percorrer as principais avenidas da cidade.
Francisco Lopes, agricultor da zona do Fundão, foi um dos participantes na concentração junto às instalações da zona agrária, na cidade. Saiu à rua porque está “revoltado” com a forma como o sector é tratado. “Parece que estão sempre a arranjar maneira de piorar a nossa situação”, referiu, queixando-se de não poder reflectir o aumento dos custos de produção nas suas vendas.
“O problema é que, mesmo que eu queira vender mais caro, não posso, porque o que vem de Espanha e França é mais barato”, lamenta.
Ao lado, Manuel Ribeiro pedia espaços “como havia no tempo de Salazar: celeiros que aceitavam os cereais e um mercado para vender o gado” onde conseguiam bons preços pelos seus produtos.
GOVERNO CONTRIBUI PARA A SITUAÇÃO DE CRISE
Segundo Mesquita Milheiro, presidente da Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco (que organizou o protesto de ontem) são cada vez mais as vozes de desespero de quem anda no sector. “O Governo tem dado um grande contributo para a situação actual”, referiu. “Ainda há dias, um jovem engenheiro agrónomo comunicou-me que ia trocar um projecto agrícola aqui na região por um emprego em Lisboa, porque nas condições actuais não estava para fazer essa aposta”, contou.
A subida dos juros agrava os problemas para quem tem que pagar empréstimos à banca. “Quem precisa, recorre ao banco, mas situações dessas são cada vez mais complicadas”, refere Lucília Costa, agricultora.
Várias propostas, à espera de reunião com Sócrates
Entre outras medidas, os agricultores reivindicam “o aumento do subsídio ao gasóleo agrícola”, de 37,2 para 75 cêntimos. É também pedida a suspensão da nova taxa de utilização da água na agricultura e a reposição da ajuda à electricidade verde (reembolso na base de 40 por cento). “Chegamos a pagar electricidade mais cara que a indústria”, refere Mesquita Milheiro. A regulamentação de pagamentos à Segurança Social e as normas do Programa de Desenvolvimento Rural estão também no caderno de reivindicações.
A diversidade dos temas, que abrangem vários ministérios, leva a Confederação Nacional dos Agricultores (CNA) a reclamar uma reunião com o primeiro-ministro, José Sócrates. Segundo João Diniz, o primeiro-ministro já prometeu receber as associações representantes dos agricultores, “mas continuamos à espera”.
15-07-2008 Luís Fonseca Diário XXI
FESTIVAL CALE VAI ANIMAR A CIDADE DO FUNDÃO
O Festival Cale 2008 vai animar a cidade do Fundão a partir do próximo dia 19 até dia 26. São oito dias, durante os quais não faltarão actividades neste festival pluridisciplinar centrado na celebração cultural urbana e, particularmente, da arte contemporânea, desenvolvendo diversas tipologias de intervenção no tecido urbano da cidade.
A iniciativa, promovida pela Câmara do Fundão e pela Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, conta com a participação de criadores portugueses e estrangeiros e pretende dinamizar e promover acções artísticas de criadores em ligação ao território, potenciando interacções mútuas e comunhão de experiências.
No que respeita a espectáculos performativos, dia 20, a partir das 22 horas, na Rua da Cale, é apresentada a performance/artes visuais intitulada Intercale.
Dias 20 e 21, na Praça do Município, a partir das 22 horas, po-de ver a instalação multimédia Lanterna mágica, que tem como tema a Liberdade.
A dança chega ao auditório da Moagem dia 21, às 22 horas, com o espectáculo Flor Bela da Alma e continua dia 22, também às 22 horas, com a apresentação de Tea For Two.
De 24 a 26, na Praça do Município, sempre a partir das 22 horas, é apresentado o espectáculo de cinema/música intitulado Cinema Volante.
Amúsica continua dia 25, a partir das 22 horas, na praça exterior da Moagem, com LU&NL.
O Mercadito Fundanito é uma das actividades que decorrerá diariamente, de 19 a 26, das 16 às 21 horas, no exterior do antigo Mercado.
O Conto Surpresa, é uma actividade que decorrerá todos os dias, entre as 16h30 e as 18h30.
Já o atelier de construção de marionetas de luva, também se realiza todos os dias, das 16 às 18 horas, no interior do antigo Mercado.
Os agricultores vendem os seus produtos cada vez mais baratos, mas mesmo assim chegam mais caros aos consumidores. Um alerta contra a especulação foi ontem lançado pelos homens da lavoura
Dirigentes de associações de agricultores em protesto, no Fundão, culparam ontem a especulação financeira pela subida de preços dos alimentos, uma vez que eles os vendem cada vez mais baratos. “É preciso que as pessoas tenham consciência disto: os preços à produção estão a baixar, ou seja, os agricultores vendem os seus produtos cada vez mais baratos”, destacou João Diniz, dirigente da Confederação Nacional dos Agricultores (CNA). “Mas na hora das pessoas os comprarem estão sempre mais caros”. “Há aqui uma forte especulação financeira em que parece que ninguém tem coragem de mexer”, realçou, pedindo a intervenção do Governo.
Aquele responsável falava durante um protesto de agricultores no Fundão, que levou esta manhã dezenas de tractores a percorrer as principais avenidas da cidade.
Francisco Lopes, agricultor da zona do Fundão, foi um dos participantes na concentração junto às instalações da zona agrária, na cidade. Saiu à rua porque está “revoltado” com a forma como o sector é tratado. “Parece que estão sempre a arranjar maneira de piorar a nossa situação”, referiu, queixando-se de não poder reflectir o aumento dos custos de produção nas suas vendas.
“O problema é que, mesmo que eu queira vender mais caro, não posso, porque o que vem de Espanha e França é mais barato”, lamenta.
Ao lado, Manuel Ribeiro pedia espaços “como havia no tempo de Salazar: celeiros que aceitavam os cereais e um mercado para vender o gado” onde conseguiam bons preços pelos seus produtos.
GOVERNO CONTRIBUI PARA A SITUAÇÃO DE CRISE
Segundo Mesquita Milheiro, presidente da Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco (que organizou o protesto de ontem) são cada vez mais as vozes de desespero de quem anda no sector. “O Governo tem dado um grande contributo para a situação actual”, referiu. “Ainda há dias, um jovem engenheiro agrónomo comunicou-me que ia trocar um projecto agrícola aqui na região por um emprego em Lisboa, porque nas condições actuais não estava para fazer essa aposta”, contou.
A subida dos juros agrava os problemas para quem tem que pagar empréstimos à banca. “Quem precisa, recorre ao banco, mas situações dessas são cada vez mais complicadas”, refere Lucília Costa, agricultora.
Várias propostas, à espera de reunião com Sócrates
Entre outras medidas, os agricultores reivindicam “o aumento do subsídio ao gasóleo agrícola”, de 37,2 para 75 cêntimos. É também pedida a suspensão da nova taxa de utilização da água na agricultura e a reposição da ajuda à electricidade verde (reembolso na base de 40 por cento). “Chegamos a pagar electricidade mais cara que a indústria”, refere Mesquita Milheiro. A regulamentação de pagamentos à Segurança Social e as normas do Programa de Desenvolvimento Rural estão também no caderno de reivindicações.
A diversidade dos temas, que abrangem vários ministérios, leva a Confederação Nacional dos Agricultores (CNA) a reclamar uma reunião com o primeiro-ministro, José Sócrates. Segundo João Diniz, o primeiro-ministro já prometeu receber as associações representantes dos agricultores, “mas continuamos à espera”.
15-07-2008 Luís Fonseca Diário XXI
FESTIVAL CALE VAI ANIMAR A CIDADE DO FUNDÃO
O Festival Cale 2008 vai animar a cidade do Fundão a partir do próximo dia 19 até dia 26. São oito dias, durante os quais não faltarão actividades neste festival pluridisciplinar centrado na celebração cultural urbana e, particularmente, da arte contemporânea, desenvolvendo diversas tipologias de intervenção no tecido urbano da cidade.
A iniciativa, promovida pela Câmara do Fundão e pela Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, conta com a participação de criadores portugueses e estrangeiros e pretende dinamizar e promover acções artísticas de criadores em ligação ao território, potenciando interacções mútuas e comunhão de experiências.
No que respeita a espectáculos performativos, dia 20, a partir das 22 horas, na Rua da Cale, é apresentada a performance/artes visuais intitulada Intercale.
Dias 20 e 21, na Praça do Município, a partir das 22 horas, po-de ver a instalação multimédia Lanterna mágica, que tem como tema a Liberdade.
A dança chega ao auditório da Moagem dia 21, às 22 horas, com o espectáculo Flor Bela da Alma e continua dia 22, também às 22 horas, com a apresentação de Tea For Two.
De 24 a 26, na Praça do Município, sempre a partir das 22 horas, é apresentado o espectáculo de cinema/música intitulado Cinema Volante.
Amúsica continua dia 25, a partir das 22 horas, na praça exterior da Moagem, com LU&NL.
O Mercadito Fundanito é uma das actividades que decorrerá diariamente, de 19 a 26, das 16 às 21 horas, no exterior do antigo Mercado.
O Conto Surpresa, é uma actividade que decorrerá todos os dias, entre as 16h30 e as 18h30.
Já o atelier de construção de marionetas de luva, também se realiza todos os dias, das 16 às 18 horas, no interior do antigo Mercado.
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