Vida Difícil
Bogas de Baixo,com a sua flora.
mato ribeirinho, pinheiros ervedeiros ou medronheiros e muito arvoredo selvagem ou frutifero
lindo para se admirar
Oi minha gente
Vamos ter que apertar mais o cinto?
Tudo indica que os tempos que aí vêm vão ser muito difíceis, atingindo sobretudo os mais desprotegidos e carenciados
E as aldeias do interior vão ser ainda mais sacrificadas pela falta de recursos
Eu infelizmente ja não estranho estes acontecimentos minha gente! Os da minha criação estão quase todos habituados a comer o pão que o diabo amassou.
0 mesmo não acontece, felizmente, com os que nasceram mais recentemente ha 20 0u 25 anos atraz. Esses não sabem o que é passar por privações de toda a ordem, o que é enganar o estômago com umas couves sem azeite, o que é trabalhar de sol a sol e botarem-lhe à frente, à hora da ceia, um prato de batatas com azeitonas ou com metade de uma sardinha. Por mais difíceis que sejam os tempos que aí vêm, tenho a certeza que não vão ser em nada comparáveis aos anos em que havia racionamento de pão...alguns do meu tempo devem lembrar se desses tempos dificieis que passámos cá por Bogas.
Não quero ser profeta da desgraça, dos que nos querem fazer crer que vamos assistir a uma época de fome generalizada.
- Nem pensar, mas as televisões mostram nos todos os dias que la por Africa há milhares de pessoas, nomeadamente crianças, que morrem à fome, que não têm sequer um copo de água para matarem a sede. E aqui ainda se estraga muita comida ainda se enchem os hipermercados os Fóruns com um montão de gente a comprar guloseimas
Mas não devemos esquecer nos que muita gente vive abaixo da pobreza e não tem as mesmas possibilidades. É nesses que devemos pensar sériamente. E tenho a certeza que cá por Bogas se não fossem as batatas e a hortaliça que ainda vão cultivando, e a pinga de azeite que todos os anos guardam na talha, muita gente iria sentir se em apuros para levar uma vida digna e de cabeça levantada. Isto, porém, não me impede de verificar que, nestes últimos anos, nos deixámos arrastar pela lógica do consumismo, gastando mais do que era necessário, e indo atrás de publicidades enganosas.
.
- Governar não é coisa fácil,! Perguntem ao Antonio Roque se lhe tem sido fácil governar a nossa Junta de Freguesia. Se aqui se torna dificil, a nivel nacional a coisa fica mais preta-
Tudo isto que eu ja lia antes nas conversas do tio Ambrósio que embora não sendo da nossa terra as palavras que dizia acentavam que nem uma luva na vida quotidiana de Bogas, me fazem lembrar que mesmo no tempo das vacas magras, no tempo do pão racionado, da falta de alimentos de primeira nescessidade, em Bogas existiam, que me recorde, a taberna e mercearia do ti Joaquim Gomes, a taberna e mercearia do ti Zé António, a mecearia do Sr Anibal, a mercearia e taberna do Sr Alfredo Gama, a loja do ti Joaquim Mota que na época parecia um centro comercial onde havia de tudo, a loja do Sr. José Martins vocacionada apenas para a venda de roupas e panos tudo para os enxovais. E concerteza mais alguma que agora não me recordo.
Todos estes locais de comércio funcionavam ao mesmo tempo. E todos tinham abundante clientela, tudo funcionava
E hoje?
Que temos em Bogas?
Esta muito mais limpa, muito mais modernizada, mas não passa disso
Tou Certo ou tou errado?
(Um abraço minha gente)
mato ribeirinho, pinheiros ervedeiros ou medronheiros e muito arvoredo selvagem ou frutifero
lindo para se admirar
Oi minha gente
Vamos ter que apertar mais o cinto?
Tudo indica que os tempos que aí vêm vão ser muito difíceis, atingindo sobretudo os mais desprotegidos e carenciados
E as aldeias do interior vão ser ainda mais sacrificadas pela falta de recursos
Eu infelizmente ja não estranho estes acontecimentos minha gente! Os da minha criação estão quase todos habituados a comer o pão que o diabo amassou.
0 mesmo não acontece, felizmente, com os que nasceram mais recentemente ha 20 0u 25 anos atraz. Esses não sabem o que é passar por privações de toda a ordem, o que é enganar o estômago com umas couves sem azeite, o que é trabalhar de sol a sol e botarem-lhe à frente, à hora da ceia, um prato de batatas com azeitonas ou com metade de uma sardinha. Por mais difíceis que sejam os tempos que aí vêm, tenho a certeza que não vão ser em nada comparáveis aos anos em que havia racionamento de pão...alguns do meu tempo devem lembrar se desses tempos dificieis que passámos cá por Bogas.
Não quero ser profeta da desgraça, dos que nos querem fazer crer que vamos assistir a uma época de fome generalizada.
- Nem pensar, mas as televisões mostram nos todos os dias que la por Africa há milhares de pessoas, nomeadamente crianças, que morrem à fome, que não têm sequer um copo de água para matarem a sede. E aqui ainda se estraga muita comida ainda se enchem os hipermercados os Fóruns com um montão de gente a comprar guloseimas
Mas não devemos esquecer nos que muita gente vive abaixo da pobreza e não tem as mesmas possibilidades. É nesses que devemos pensar sériamente. E tenho a certeza que cá por Bogas se não fossem as batatas e a hortaliça que ainda vão cultivando, e a pinga de azeite que todos os anos guardam na talha, muita gente iria sentir se em apuros para levar uma vida digna e de cabeça levantada. Isto, porém, não me impede de verificar que, nestes últimos anos, nos deixámos arrastar pela lógica do consumismo, gastando mais do que era necessário, e indo atrás de publicidades enganosas.
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- Governar não é coisa fácil,! Perguntem ao Antonio Roque se lhe tem sido fácil governar a nossa Junta de Freguesia. Se aqui se torna dificil, a nivel nacional a coisa fica mais preta-
Tudo isto que eu ja lia antes nas conversas do tio Ambrósio que embora não sendo da nossa terra as palavras que dizia acentavam que nem uma luva na vida quotidiana de Bogas, me fazem lembrar que mesmo no tempo das vacas magras, no tempo do pão racionado, da falta de alimentos de primeira nescessidade, em Bogas existiam, que me recorde, a taberna e mercearia do ti Joaquim Gomes, a taberna e mercearia do ti Zé António, a mecearia do Sr Anibal, a mercearia e taberna do Sr Alfredo Gama, a loja do ti Joaquim Mota que na época parecia um centro comercial onde havia de tudo, a loja do Sr. José Martins vocacionada apenas para a venda de roupas e panos tudo para os enxovais. E concerteza mais alguma que agora não me recordo.
Todos estes locais de comércio funcionavam ao mesmo tempo. E todos tinham abundante clientela, tudo funcionava
E hoje?
Que temos em Bogas?
Esta muito mais limpa, muito mais modernizada, mas não passa disso
Tou Certo ou tou errado?
(Um abraço minha gente)
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