Á Descoberta do Telhado


Para quem não conhece ou nunca ouviu falar, o Telhado é uma linda e tipica aldeia no Concelho do Fundão Distrito de Castelo Branco no co9ração da Cova da Beira.
Uma das aldeias pré-históricas mais antigas da Beira Interior, datada de há seis ou sete mil anos, foi descoberta na freguesia do Telhado, localizada na zona de Souto do Senhor e Casal de Santa Maria, no Freixial, e remonta à época do Neolítico
 Situada no coração da Cova da Beira, a sua principal atracção turística era até á poucos anos, a olaria.


A freguesia do Telhado foi um priorado da apresentação da Sé da Guarda, tendo o prior um rendimento anual de 150 mil réis. A 13 de Janeiro de 1898 foi anexado o lugar de Freixial, que pertencia à freguesia de Souto da Casa, desde 21 de Maio de 1896.

Chegou a constituir uma freguesia, tendo sido um curato da invocação de S. Sebastião, anexo à paróquia de Souto da Casa. Por esse motivo, a freguesia de Telhado também foi designada, por muitos, de Telhado e Freixial.

A povoação de Telhado teve, em tempos, um nome diferente do actual, e a sua localização era também diversa da que agora lhe conhecemos. Pelos inícios do século XIV chamava-se ainda Carantonha, nome que aparece na Carta de D. Dinis de Agosto de 1314, pela qual o monarca ordena que se façam nesse lugar inquirições, nesse lugar da Carantonha e em mais oito povoações do actual concelho do Fundão.
Tenho no Telhado bons e velhos amigos a quem saudo através desta postagem.
Tive vários clientes nesta aldeia quando ainda havia muito comercio nas nossas aldeias e que hoje não existem mais. Força do Progresso e das grandes superficies existentes nas cidades limitrofes, tais como Fundão , Covilhã e Castelo Branco.
Nesta tipica aldeia existe ainda o rancho Folclórico Cantarinhas do Telhado onde ainda colaborei ao lado do meu amigo Ti Mário Lambelho.
. Foi fundado em 1974 pelo Padre Manuel Duarte Cândido Curto e por José Daniel Trindade Serra com o objectivo de incentivar as gerações futuras, e não deixar cair no esquecimento as raízes da sua cultura: o que existe de mais precioso numa aldeia.

O trabalho do campo era e é, ainda hoje bastante duro, penoso e sofrido mas, no entanto, sempre existiu uma alegria simples e sincera que fazia com que no regresso da faina agrícola, ainda houvesse vontade de cantar e bailar.

A gastronomia é rica onde sobressai a torrada ou frita, o ensopado de Ensopado de carne de rês (cabra / ovelha), A caldeirada de borrego e o Caldudo.
Aqui nasceu tambem o poeta português Albano Martins
para podermos conhecer algo mais sobre o Telhado temos a possibilidade de entrar nas seguintes páginas
e por hoje fico me por aqui com a vontade de ter contribuido em algo para um conhecimento mais profundo das aldeias portuguesas especialmente no concelho do Fundão

Comentários

António Roxo Vaz disse…
Podem nem todos os Beirões conhecer a povoação TELHADO. Eu acrescento mais:- é uma freguesia da cidade do Fundão, muito bonita, e onde se fazia muita loiça de barro e que era vidrada com pez preto que as fábricas extratoras de resina. fabricavam.
Havia um "ditado" no Fundão que as namoradas quando exigiam um namorado perfeito, deviam ir ao Telhado fazer a encomenda.
Luantes disse…
namorado de barro ? ela partia o logo ao meio só ao primeiro apertão
Prazeres Sena disse…
Namorados ou namoradas podiam mandar fazer um de barro...... Quando me casei o meu saudoso sogro dizia que o filho me tinha mandado fazer no Telhado!
São Henriques disse…
conheço muito bem
Joaquim Angelo disse…
O amigo Luis,esta é a rua do cimo do povo que dá para a escola primaria.Bom fim de semana.
Luantes disse…
E é por aí que passei em direção ao Casal de Santa Maria, Freixial, Aldeia Nova
Unknown disse…
Amigo Luís Godinho ao ver este blog, ainda me ri para mim mesmo. Não há duvida, está bem documentado. Dou-lhe os meus parabéns e, como telhadense, só tenho de agradecer-lhe a publicação do mesmo. Quanto ao comentário do meu amigo Álvaro Roxo Vaz, só venho acrescentar~lhe que fui muitas vezes à Resineira comprar, com o meu pai, pez para "briarmos" as talhas. Deste trabalho ainda tenho no corpo uma marca. No início de Outubro de 1962, quado estávamos a preparar as talhas para a feira de S.Francisco na Guarda queimei o dedo indicador direito com pez a ferver. Tinha na altura 13 anos. Recordações...
Luantes disse…
Como o amigo António Luis Oliveira deve compreender, sou um bom conhecedor da terra e das suas gentes.
Por aí fiz grandes amigos que como deixámos de nos ver foram sendo esquecidos.
O Telhado no tempo em que havia vida na aldeia com os seus comércios e tavernas tive muitos clientes da altura em que era vendedor do Pereira Nunes E O meu blogue da me a possibilidade de ir partilhando com os amigos e com o mundo os conhecimentos que adquiri ao longo dos anos num País muito lindo com recantos de rara beleza que todo o mundo tem o direito de conhecer
Um abraço
Antonio Luis Oliveira disse…
Gabo-lhe a memória, pois a minha por vezes já tem falhas.
Manuel Tomaz disse…
Não conheço Telhado, mas fica a curiosidade para um futuro próximo, pois vejo que vale a pena. Bem se pode dizer que esta Telhado não é de vidro...!
Os meus cumprimentos,
Manuel Tomaz

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