Venham conhecer o Ingarnal

Estando eu em Almaceda, tenho o maior prazer em subir o cabeço Zibreiro nas faldas da Serra da Gardunha, e ir até ao Ingarnal, terra onde nasceram os meus avós e o meu pai  e onde passei grandes e bons momentos quando ainda era criança. Depois ao longo dos anos sempre que tinha oportunidade cá estava eu a subir a serra para visitar familiares e amigos
O Ingarnal é uma minuscula aldeia e cada vez mais minuscula porque as pessoas já são muito poucas.
A juventude  a partir dos anos 70 entraram na corrida ás grandes cidades e até ao estrangeiro com a unica intenção de ganhar mais dinheiro para um dia poder voltar e ter aqui uma vida mais próspera e tranquila.
Isso não tem acontecido porque cada um fez das suas terras de acolhemento, o local para trabalhar viver e até investir
Assim sendo, salvo raras exeç~pes quando um ou outro ingarnalense  aqui se desloca para ver e abraçar os poucos famiiares que ainda por aqui continuam, a aldeia está meia desertificada.
 Conforme as pessoas mais idosas vão sucumbindo por velhice  e solidão o Ingarnal está a desaparecer aos poucos. Mas se assim for será uma pena já que aqui ainda se respira ar puro, podemos alimentar nos com os produtos biológicos aqui produzidos para além da paz  do sossego que aqui podemos sentir
Há muitos anos atrás ainda conheci algumas lojas de comércio nesta aldeia., muitas mulheres que para além de tratarem das hortas e da vida caseira tinham ainda tempo para tecer linho e trabalhar em teares onde faziam belas peças de artesanato especialmente toalhas de linho ou lençois  e ainda as belas mantas de farrapos.
Comia  se aqui a melhor gastronomia que se confecionava em quase todas as aldeias da região tal como o maranho sempre com aquele gostinho especial, os enchidos e Cabrito no Forno de Lenha, para a sobremesa  a apetitosa Tijelada,depois  ao pequeno almoço e ao lanche presenteavam nos quase sempre com belas e saborosas Filhós fintas, Biscoitos de Azeite
Situada cá no cima da Serra oferece nos uma magnifica vista  para a Serra da Gardunha.
Como todas as pequenas aldeias do interior, o Ingarnal mantem a genuinidade de outros tempos. hoje já não tem comércios , nem a agitação do dia a dia, as poucas pessoas que ainda cá vivem, passam os dias entre a sua casa e as pequenas hortas para onde ainda levam as cabritas e tratam das batatas das cebolas couves etc etc com que fazem a sopa normalmente até há bem pouco tempo utilizavam ainsa as panelas de ferro que tão saborosa comida se podia confecionar nelas.
e pronto, podia ficar aqui eternamente a escrever sobre o Ingarnal mas para não ser maçador fico me por aqui deixando uma série de imagens para comprovarem aquilo que atrás escrevi














Comentários

Henrique Joaquim disse…
Belas Imagens de um Portugal desconhecido.
Obrigado Luis Godinho
henrique Joaquim disse…


Ai no Ingarnal é mesmo Ar puro,Belos tempos que eu ia ai as Festas .
Luantes disse…
è verdade amigo

Noas décadas de 50, 60 e 70 realizaram se aqui grandes festas em honra de santa Ana que eram visitadas por muita gente especialmente jovem de toda a região
O bom acaba sempre
Suzy Domingos disse…
Nao ha paisagem mais linda sr luis. Obrigado um bjinho
José Martins disse…


Luis estive lá este fim-de-semana.Vi nascer o Sol na serra da Gardunha.Bebi àgua da fonte do Ingarnal e respirei o ar puro dos pinheiros e senti o perfume inconfundível das giestas,mas há sempre um mas;arranhei-me todo a cortar silvas.É a vida!
Luantes disse…
Olá Zé
Pois eu tenho a impressão que mesmo apesar desses arranhões deve ter sido um prazer subir lá acima ao Ingarnal e respirar esse ar fresquinho que se deve sentir nesta altura.
Espero que tenhas encontrado a aldeia a familia e os amigos tudo nos confrmes
Abraço

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