Terra batida com muito pó

Continuamos a calcorrear a serra desta vez com um grande percurso em estradas sem asfalto, embora com boas condições de utilização têm o problema de carregar o carro de poeira


Saio do Ingarnal e subo até ao alto do Zibreiro onde começo a avistar aquela grande fila de caravelas a produzirem eletricidade á força do vento.Passámos ao lado da central elétrica pela serra da Moeda e  da Maunça e fui  encontrar o asfalto ali por cima da Paradanta, a EN 352

 descendo depois para Vale de Urso , uma pequena aldeia bastante conhecida pelos Bombeiros portugueses derivado á grande onda de incêndios que tem assolado a zona nos ultimos anos, realmente é uma dor de alma ver todas estas encostas cobertas de cinzas
 Mais abaixo em Casal Alvaro Pires virei á esquerda por uma estrada de asfalto até á capela de Santa Luzia no Castelejo 

Aldeia tipicamente serrana, localizada no sopé da Serra da Gardunha. com um património arquitetónico e etnográfico, assinaláveis destacando-se a Casa Museu "Casinha Típica da Aldeia", que retrata a arquitetura e tradições locais, a Igreja Matriz e a capela de Santa Luzia. No artesanato, são características as peças de ferraria, sapataria, almofadas, colchas, rodilhas e rendas.
Virei á direita pela N 238 e ao passar em Vale Palaio reparei nas grandes transformações
Foi construida a partir daqui uma variante ao Castelejo, existe uma rotunda simpática de onde sai a estrada que calcorreei ainda á pouco a N 352 em direção  a S Vicente da Beira e Castelo Branco.
um pouco mais acima fiz uma pequena pausa no terreiro do Senhor da Saude onde se realizam anualmente grandes festejos e muita animação
Daqui ao Souto da Casa centro da aldeia é apenas um pulinho,
 Entrei pela Rua César Pinto e João Martins Freire,  esta aldeia era conhecida pela terra dos mil e um ofícios.  Habitavam aqui,onde trabalhavam e comercializavam alguns  pastores, agricultores, alfaiates, carpinteiros, marceneiros, latoeiros, sapateiros, tecedeiras, padeiros, tanoeiros, albardeiros, ferreiros, ferradores, capadores, tosquiadores, carvoeiros, lenhadores, lagareiros, moleiros, ganhões, malhadores, canteiros, pedreiros, cesteiros, etc.
Terra de grandes tradições muito bem localizada aqui no sopé da Serra, está a pouca distancia do Fundão sede do concelho
Daqui do alto podemos apreciar esta grandeza toda que é a Cova da Beira tendo ao fundo a bonita e fria serra da estrela
De Souto da Casa para Alcongosta foi construida há anos uma estreita estrada Municipal, asfaltada que em muito veio benificiar as gentes destas duas aldeias e não só

quem tiver o previlégio de passar por aqui na altura da cereja pode regalar a vista e o estômago apreciando estas imagens magníficas das cerejeiras carregadas de fruto e comer pois estão aqui mesmo á mão de semear
estamos quase a entrar em Alcongosta conhecida como a capital da cereja  e fica situada na encosta da serra da Gardunha.

Iniciei aqui uma nova subida á serra  e um pouco acima de Alcongosta , parei  na Casa da Floresta (casa do guarda) floresta que outrora foi um um espaço de denso arvoredo que se foi esfumando ao longo dos anos porque é rarissimo não haver um ano sem que aqui ou ali se veja a serra a arder.

Hoje fico me por aqui, com a promessa de continuar viajem por essa serra acima descobrindo novos recantos e revendo outros já bastante conhecidos.
Encontramo nos por aqui na proxima narrativa


Comentários

Anónimo disse…
Antonio Luis Oliveira

Lindo passeio e na casa do guarda, em alcongosta já se vêm muios ouriços dos belos castanheiros que formam aquela alameda. Este ano a Academia Senior do Fundão realizou aqui algumas sardinhadas muito divertidas.
Anónimo disse…
Sou grande apreciadora dos vossos passeios.
Gostaria que me informasse a que localidade pertence o coreto que, segundo a tabuleta é Senhor da Saude.
Obrigada.
Luantes disse…
O Senhor da Saude é uma capela nos arredores de Souto da Casa Fundão onde se realiza anualmente uma grande festa trazendo ao local milhares de pessoas da localidade e de toda a região
Festa do Senhor da Saúde:

Tem lugar desde os anos trinta do século passado, no quarto Domingo do Mês de Agosto de cada ano.

São três dias de festa contínua e distingue-se de qualquer outra por se tratar da única que origina o regresso às origens de muitas centenas de emigrantes radicados no estrangeiro e muitos outros conterrâneos espalhados de Norte da Sul do País

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